Antônio
Tota Soares de Figueiredo, o saudoso Toinho Tota, que por quase trinta
anos administrou o município de Mãe D’Água, quer como prefeito, durante
cinco mandatos, quer quando, por duas oportunidades indicou sucessores
que, rigorosamente, atenderam às suas determinações, até então, tinha
encontrado muito pouca gente que, - me desculpem os demais gestores
– acompanhasse os seus passos no que concerne à probidade e o respeito
para com o emprego do erário. Durante todo esse tempo, até que a morte
traiçoeira o alcançou alguns anos atrás, Toinho serviu de espelho para
os prefeitos paraibanos, notadamente os de nossa Região, pela forma
correta como administrava, não tendo, ao logo de todos esses anos,
nenhuma conta reprovada pelos Tribunais de Contas do Estado e da União
e, em todas as prestações analisadas, sempre recebeu elogios dos
Conselheiros.
Digo isto, não
somente porque Toinho respeitava o dinheiro do povo – alguns, ainda o
respeitam -, mas por tudo que realizou com os parcos recursos de que
dispunha, administrando um pequeno município, encravado nos recôncavos
da Serra do Teixeira. Durante todo este tempo, as verbas provenientes,
quase que exclusivamente do Fundo de Participação dos Municípios, foram
empregadas na saúde, onde manteve um hospital-maternidade que atendia
diariamente, de janeiro a janeiro à população, somente transferindo
pacientes para centros mais adiantados, em casos mais complicados
através de ambulâncias novas e bem cuidadas. Na educação, as escolas
eram bem aparelhadas e com professores constantemente reciclados.. Nos
demais setores, como infraestrutura e agricultura, manteve técnicos
especializados, e, quando dos períodos chuvosos, arava as terras
agricultáveis, independendo se o proprietário fosse ou não
correligionário, fazendo, inclusive, a distribuição de sementes. As
estradas vicinais eram bem cuidadas e a cidade era mantida rigorosamente
limpa e totalmente pavimentada.
Fomentou o lazer,
principalmente para a juventude e a água que chegava às residências, na
cidade, era gratuita, fornecida pela própria prefeitura.
Toinho Tota foi,
durante todo o tempo em que esteve à frente dos destinos de Mãe D’àgua,
fiel aos compromissos assumidos com o comércio e os prestadores de
serviço que jamais deixaram de receber o que de direito, pontualmente a
cada dia vinte, das mãos do próprio prefeito. Neste tempo todo, vender
para a prefeitura de Mãe D’Água, era garantia de bons negócios.
Os funcionários
recebiam regiamente seus salários sem atraso e o chamado décimo
terceiro, era pago, religiosamente, em duas parcelas anuais.
Depois que Toinho
faleceu, perdi contatos com Mãe D’Água, mas, espero, principalmente
agora, quando o município é dirigido pela sua viúva Margarida Fragoso
Soares, que foi seu braço direito e “eminência parda” diante de todo o
seu trabalho, que tudo continue como antes, pois o exemplo deixado por
Antônio Tota Soares de Figueiredo, precisa ser mantido, para o bem do
município e dos seus habitantes e para que continue a ser um referencial
administrativo às demais gestões estado a fora.
Falei do meu
inesquecível amigo Toinho Tota, não somente porque temos a obrigação de
manter vivo o seu exemplo de homem probo e honrado, mas, porque, parece
estar surgindo no cenário administrativo da Região Metropolitana de
Patos, um nome que, caso continue a realizar o que vem realizando em
benefício dos seus munícipes, poderá ser um seguidor dos seus passos e,
também, dar bons exemplos como manuseador do dinheiro público,
empregando-o em obras que venham de encontro aos anseios da população.
Refiro-me a um
cidadão que não conheço pessoalmente, mas já começo a admirar pelo que
vem fazendo no município de Santa Terezinha, segundo se comenta na
imprensa e através, ainda, de depoimentos insuspeitos de moradores
daquele município.
José de Arimatéia
Camboim, pelo que vem demonstrando nesse primeiro ano de administração,
já ensaia ser uma grata surpresa como gestor público, e, se assim
proceder durante todo o mandato, poderá se transformar no Toinho Tota da
nova geração.
A Paraíba, cheia de maus gestores, precisa de exemplos desse porte.
José Augusto Longo
(josaugusto09@gmail.com)
EM TEMPO:
Como ocorre
anualmente, estarei afastado do convívio dos meus prestimosos leitores
durante todo o mês de janeiro. Agradeço a todos pela deferência de me
terem suportado por mais este ano. Sei que não agradei a todos, mas, o
jornalismo quando é exercido com seriedade e independência, causa mal
estar em certas pessoas que têm os seus interesses contrariados,
principalmente aquelas que são pagas pelo dinheiro do povoe e que
gravitam à sombra do Poder, uns por total incapacidade de andar com as
próprias pernas, outros por interesses escusos inconfessáveis e por
isso, às vezes, leem o que não queriam ler. Mas, paciência, assim é a
vida.
Desejo a todos,
críticos ou não do meu modesto trabalho, com firmeza, os meus mais
sinceros votos de um feliz ano de 2014. Que venha o bom inverno, que o
Brasil seja campeão e que na política, vençam aqueles que, de fato,
possam honrar o seu voto.
Um forte abraço e até fevereiro, se Deus e o PATOSONLINE permitirem.
Nenhum comentário:
Postar um comentário